Panorama Semanal do Mercado de Fertilizantes
- Ricardo Lima de Souza

- 22 de abr.
- 2 min de leitura
Nesta última semana, o mercado global e doméstico de fertilizantes continuou apresentando oscilações que merecem atenção especial de produtores e agentes do agronegócio. Acompanhe os principais movimentos em nitrogênio, fósforo, potássio e no ritmo de comercialização para a safra 2025/26.
Ureia: No Brasil, as cotações CFR mantiveram-se estáveis entre US$ 370–380/t, com negócios pontuais a US$ 375/t. Esse patamar reflete um leve alívio após sucessivas altas, mas o mercado segue de olho no grande tender indiano: dos 1,5 milhão de toneladas ofertadas, apenas 884,65 mil foram contratadas (41% abaixo da meta), o que pode criar volatilidade nos próximos lotes.
Sulfato de Amônio (SAM): As importações brasileiras de SAM aceleraram mais de 60% no primeiro trimestre de 2025 em relação a 2024, aproximando-se de recordes históricos. A cotação CFR Brasil gira em torno de US$ 180/t, com resistência a repasses maiores por parte dos compradores, apesar da pressão dos fornecedores internacionais.
Nitrato de Amônio– Estável em US$ 260/t CFR, há rumores de negócios pontuais em US$ 245/t, ainda não confirmados. Essa leve discrepância indica que o produto pode oferecer boas janelas de negociação para quem precisa completar misturas nitrogenadas.
MAP (Monoamônio-Fosfato)– Com forte alta global, o MAP atingiu US$ 700/t CFR Brasil – o maior valor desde setembro de 2022. Essa valorização elevou a relação de troca (sacas de soja por tonelada de MAP).
Superfosfato Simples (SSP)– Cotações entre US$ 235/t (SSP 19%) e US$ 260/t (SSP 21%), conforme origem e teor de fósforo. Os preços seguem firmes, mas com menor volatilidade que o MAP.
Superfosfato Triplo (TSP)– Em faixa de US$ 535–540/t CFR Brasil, acompanhando a tendência altista dos fosfatados de maior concentração.
Os preços se consolidaram em torno de US$ 360/t CFR, com expectativas de negociação para embarque em junho acima de US$ 370/t. Desde outubro de 2024, o KCl acumula alta próxima de US$ 100/t.
Em meio a esse cenário de extremos – com nitrogênio oferecendo fôlego momentâneo, fósforo pressionando custos e potássio acumulando altas expressivas – fica claro que não há espaço para decisões de última hora na gestão de insumos.
A estabilidade da ureia abre uma janela para equilibrar o mix de nutrientes, enquanto o sulfato de amônio, com oferta mais ampla e preços relativamente contidos, surge como alternativa estratégica para quem busca diluir o impacto das oscilações do MAP e do KCl.
Por outro lado, os fosfatados de alta concentração, especialmente o MAP, exigem atenção redobrada: sua relação de troca historicamente elevada reforça a necessidade de planejamento de caixa, limites de preço e até ajustes de formulação que priorizem a eficiência de aplicação.
Para a safra 2025/26, o desafio será harmonizar custo e produtividade, com fontes de inteligência de mercado. A composição ideal de insumos passará por um olhar criterioso sobre cada janela de negociação e pela flexibilidade de adaptar volumes conforme oscilações cambiais e logísticas.
Em última análise, quem conseguir transformar volatilidade em oportunidade, antecipando compras nos pontos mais favoráveis e diversificando fornecedores, terá condições de proteger a rentabilidade e garantir um arranque mais seguro para a próxima safra.
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